Filho de Peixe, peixinho é
Desejada
Vício
Sim, ele esperava para dividir uma nova experiência. Comprou um pouquinho de maconha e foi logo contando, queria experimentar e eu precisava ver. Já estava tudo preparado, só faltava mesmo eu chegar, pediu que eu ficasse com ele e o que acontecesse eu deveria acompanhar. Disse: Filha se o papi rir, você também ri... dizem que é possível que eu sinta fome ou durma, então vamos lá!
Eu fiquei com ele, mas cheirava muito mal. Fui até o quarto e liguei para uma amiga do colégio e contei a novidade. Voltei para a sala e a mãe dela logo retornou a ligação; reclamou com o meu pai, mas ele não estava muito acessível.
Depois fiz um esquenta com o restante de sushi e lasanha ele comeu e fomos dormir.
Agora mais de dez anos depois, ainda não experimentei maconha e meu pai não morreu viciado - não houve segunda vez. Minha amiga não fala com a mãe e adora uma bola, mas ela não era boa nas aulas de esportes- Por que será?
Porra Alucinante Insana
As relações pai e filho são em sua maioria exemplos de autoridade e seriedade, no entanto regras são feitas para encontrarmos a exceção e discriminá-las, eis que apresento a exceção: Meu pai era um homem lindo e que nunca franziu a testa, nunca olhou de canto de olhos, nem de cima. Nunca apanhei física ou verbalmente, só mesmo quando aos oito anos desenhei uma mulher nua no gesso de um coleguinha do prédio- ele ficou decepcionado! Como poderia ter esquecido, o umbigo! Nunca proferi, uma sequer, resposta que ele não aprovasse. Nunca falei palavras de baixo calão, nunca vi uma briga por traição, nunca ouvi recriminação por quaisquer diferenças, sejam elas de hábitos, horários, amizades ou amores. Esforçei-me a ser a filha perfeita para o pai perfeito -tal pai, tal filha. Ele é de um corpo maravilhoso, sexy e tentador; de uma personalidade flexível, como a moda, sorridente. Viajante, distante, mas não ausente! Sim muito presente, é o meu presente, ter um pai assim!